Desenvolvedor: Climax Entertainment, Sonic! Software Planning
Distribuidora: Sega
Lançamento: 1992

Outras plataformas: PC, Game Boy Advance (remake), Wii (Virtual Console), Xbox 360, PlayStation 3 e iOS.

Ajude Max e seus amigos a impedir que Kane reviva o Dark Dragon, nessa aventura de RPG tático. Apesar de parecer uma história centrada num universo puramente de fantasia medieval, prepare-se para deparar-se com robôs e tecnologias inspiradas em coisas futuristas.

Vale ressaltar que Shining Force é um dos poucos RPGs que saíram para Mega Drive.

  • Shining Force

Considerações finais – Analisando o jogo como um todo

Gráficos: 10/10.
A arte conseguiu explorar bem os recursos e limitações de cores o Mega Drive. Apesar dos mapas e cidades não possuírem muitos detalhes, é possível notar o capricho nas cenas de batalha e na composição do avatar dos personagens chave que aparecem durante os diálogos.

UI e HUD: 3/10.
A UI de uma forma geral é simples porém confusa. Há um fluxo deveras cansativo para equipar as armas, sendo necessário acessar o menu de itens, selecionar a opção “equipar”, selecionar o personagem e depois selecionar a arma. Vai mudar a arma de outro personagem? Vai ter que repetir o fluxo desde o começo. Acredite, isso se torna maçante, pois sua equipe completa é formada por 12 personagens.
Outro problema super grave é que o jogo não indica qual arma está equipada, sendo necessário equipá-la para matar essa dúvida. Passei quase 1/3 do jogo jogando com o Max sem nenhuma arma, pois em algum momento havia desequipado-a e não percebi. Achei super estranho ele estar muito fraco, a princípio achei que fosse algo do personagem até perceber que não havia nenhuma espada equipada.

Durante as batalhas, a hud informa bem o quanto de vida cada personagem tem, mas não informa se ele foi afetado por alguma condição, como curse. A única forma de descobrir isso é ao atacar (se você estiver amaldiçoado, não vai conseguir atacar e vai aparecer um texto te informando isso) ou indo à igreja para se curar.

Comprar itens é um outro grande problema. Você não consegue selecionar uma quantidade, você literalmente compra item por item, não importa se é o mesmo ou se são diferentes. Haja paciência…
Acha que não tem como piorar? Tem sim. Na hora de comprar os itens, você não sabe o que cada um faz pois não existe uma descrição. O mesmo problema ocorre quando algum personagem aprende alguma magia nova.

São pequenos detalhes que atrapalham muito a experiência do jogador (a minha pelo menos, foi arruinada! hahaha).

Trilha Sonora e sons: 10/10.
O jogo não conta com um repertório gigante de músicas, mas elas são bem marcantes para cada momento do jogo.
Particularmente eu a-d-o-r-o a música que toca quando você entra no castelo e a música tema de Guardiana! <3
Se você jogar o jogo até o final, pode ter certeza que nunca mais se esquecerá da música que toca durante as animações dos ataques.

Jogabilidade: 5/10.
O primeiro problema que eu notei foi a inteligencia artificial dos NPCs. Eles andam randomicamente pela cidade e é bem comum ficarem parados na sua frente, te impossibilitando de andar. O que você faz? Espera a boa vontade deles saírem e liberarem o caminho.

As batalhas ocorrem por turnos, são bem intuitivas. Alguns personagens possuem um range maior de ataque (arqueiros, por exemplo), outros conseguem possuem maior área de locomoção. Essa parte ficou bem equilibrada ao meu ver. A partida encerra quando você matar todos os inimigos (ou algum alvo específico) ou quando o Max morre.
Quando você morre, não perde a experiência adquirida, porém ao finalizar uma batalha não é possível repeti-la para farmar sua equipe.

A dificuldade é de fácil pra mediana. A maioria das batalhas eu passei de primeira, não é necessário estar com os personagens super fortes, basta equilibrar bem as classes, entender a franqueza de cada tipo de inimigo e ter cautela durante os ataques. Para vocês terem ideia, o último boss eu passei de primeira.
Mas não vou negar que houve algumas áreas específicas que me deram um pouco de dor de cabeça, me fazendo voltar mais duas ou três vezes para conseguir finalizar.

Gostei muito de alguns diálogos de NPCs, sempre há alguma frase de descontração e humor, trazendo bastante carisma ao jogo.

A história em si é bem fraquinha, não tem nada de mais. Apenas um mocinho e seus amigos lutando contra um vilão e suas ambições.
Como citei no começo da análise, o jogo parece ser puramente de fantasia medieval mas a partir de um ponto do jogo robôs, máquina e ciborgues aparecem, mostrando que há tecnologia futurista no enredo.

Durante a aventura, você vai desbloquear vários personagens para deixar na sua equipe. Isso torna a jogatina bem customizável e abre mais opções de estratégias.

Fator replay: 3/10.
Voltaria a jogar, mas mais pelo carisma e músicas marcantes do que pelo desafio e pelo jogo em si.
Há problemas bem graves de game design, não consigo considerar o Shining Force um produto bem feito e não me sentir muito animada para jogar novamente é uma consequência dessas falhas.

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