Informações Técnicas
Título: Nii-chan
Autor: Harada
Artista: Harada
Volumes: 1
Lançamento: 22/Fev/2014
Editora: Canna Comics
Quando Yui estava no ensino fundamental, após a aula costumava ir visitar seu “irmão mais velho” (nii-chan) para jogar video game. No entanto, o que ele não sabia era que por trás da gentileza de seu nii-chan, escondia-se uma grande vontade de assediá-lo sexualmente.
Anos se passaram e Yui nunca conseguiu esquecer-se de seu irmão mais velho, então resolve procurá-lo.
Nii-chan é mais um famoso yaoi tóxico, de volume único, que retrata de forma perturbadora traumas dos personagens.
Considerações finais – Analisando a obra como um todo
Arte
Gostei bastante da arte, Yui e Maiko foram desenhados de forma super meiga, quase sempre com expressões gentis e amigáveis.
As poses ficaram bem naturais e com ótimos enquadramentos. Os cenários não aparecem muito, mas quando são exibidos mostram bastante detalhes.
As películas foram bem dosadas, assim com o contraste em preto, trazendo ilustrações fáceis de serem visualizadas.
Roteiro e história
Roteiro bem escrito e com diálogos bem dosados.
O andamento da história não é confuso, todos os acontecimentos são bem fluídos e não trazem a sensação de que o tempo passou rápido ou devagar demais.
Desde o começo, a autora conseguiu me prender na história, me deixando bem curiosa pelo desfecho. A princípio achei que esse seria mais um mangá com alguma história rasa e com foco no sexo, mas me surpreendi ao descobrir que os sentimentos dos personagens foram muito bem explorados.
Por incrível que pareça, o centro da história não é a parte do shotacon e sim toda a consequência que isso trouxe.
Uma história que apesar de curta, retratou de modo bem enfático o psicológico (e a perversão) dos protagonistas.
O que mais me incomodou foi o tom romântico em que a história se desenrolou e foi finalizada, mesmo que em vários momentos a autora tenha pincelado que esse tipo de relação é doente e perturbadora.
Obviamente, por se tratar de um conto sobre abusos, é uma leitura bem tóxica e totalmente desaconselhável para quem não curte ver a desgraça alheia.