Desenvolvedor: 07th Expansion
Distribuidora: MangaGamer
Lançamento: 28/Abr/2017
Steam: https://store.steampowered.com/app/577480/Higurashi_When_They_Cry_Hou__Ch_5_Meakashi/
Tem conquistas? Sim.
Tem cartas? Sim.
A história é sobre um rapaz que muda-se para uma cidade no interior do Japão chamada Hinamizawa. Na verdade, por ser muito pequena, tá mais para um vilarejo do que uma cidade.
Há alguns anos seguidos, mortes estranhas ocorrem e algumas pessoas atribuem isso a uma maldição.
Higurashi When They Cry Hou é uma história no formato de sound novel, que foi dividida em 8 jogos. Todos os eventos relatados ocorrem de 1979 a 1983.
Esse é o primeiro arco de respostas e corresponde as explicações do capítulo 2 (Watanagashi).
Considerações finais – Analisando a obra como um todo
Gráficos
O jogo conta com a arte original e um remake.
O traço do remake é bem bonito, já a original é meio esquisita.
Infelizmente os personagens não possuem muitas posições/expressões, sendo que a maioria delas muda um detalhe ou outro, trazendo um aspecto bem estático para o jogo.
Não há cenas de interação entre personagens nem de momentos chave. Sua imaginação será a sua aliada nesse momento, exatamente como em um livro.
Os cenários são fotos com efeito de pintura. Bem tosco.
Assim como no capítulo anterior, alguns novos cenários foram inseridos e o finalmente Keiichi ganhou um sprite!
UI e HUD
Minha primeira surpresa ao abrir o jogo foi ver que a tela do menu principal mudou.
Funcionalmente falando, os menus e textos são bem claros e fáceis de entender.
A estética do menu é bem feiona, tem um aspecto de jogo amador do começo dos anos 2000.
O texto é exibido na tela inteira, muitas vezes se sobrepondo ao cenário e personagens. Isso reforça mais ainda o aspecto desse jogo parecer com um livro do que com uma visual novel.
Trilha Sonora e sons
Músicas bem feitas e que passam bem a emoção de cada momento. Novas músicas foram introduzidas nesse capítulo.
Se os personagens tivessem vozes, tudo teria ficado melhor ainda!
Jogabilidade
O primeiro capítulo vinculado com os arcos de respostas e não poderia ter começado melhor.
Ótima narrativa, super direta e engajada, colocando os pingos nos is e explicando ao jogador o que ele quer saber.
A história é contada sob a ótica d[ads_blur_spoiler]a Shion Sonozaki[/ads_blur_spoiler].
Esse capítulo tem tudo o que uma boa história de terror psicológico poderia ter! [ads_blur_spoiler]Instabilidade emocional, vingança, flashes de insanidade, remorso…[/ads_blur_spoiler]
Os pontos dramáticos entraram em excelentes momentos e conseguiu trazer muito equilíbrio a trama.
Prepare-se para fortes emoções mas não se engane pois há muitos pontos que não foram explicados. Mas garanto que ao menos muita coisa começou a fazer sentido.
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A partir do momento que ficou claro que a Shion trocava de lugar com a Mion no começo do jogo, já comecei a suspeitar fortemente que ela estava por trás dos assassinatos e se passando pela Mion no capítulo 2.
Nota-se que desde sempre Shion era uma garota extremamente desequilibrada emocionalmente. Para mim isso ficou muito claro quando ela demonstrou ciúmes da Satoko com o Satoshi.
Minha suspeita no capítulo 2 estava certa! De fato, não havia demônio nenhum e tudo não passou de uma encenação da mente psicopata da Shion.
Por mais insana que ela estivesse, não pude deixar de concordar com ela que Satoko era uma garotinha mimada e que durante muito tempo não teve o mínimo de empatia com seu irmão. Mas ler no final que ela reconheceu ter agido errado e que ia se tornar alguém “forte”, ao menos amenizou o ranço que eu tinha pego dela.
Achei tudo muito confuso no final. Quem era Mion e Shion, a verdadeira, a falsa… que mistureba maluca, toda hora invertia e desinvertia! hahaha
Mais uma história que mostra com ótimos exemplos que os verdadeiros monstros somos nós e que a religião e seus mitos não passam de uma forma de causar medo e manipular os outros.
Por mais que esse capítulo tentou mostrar tudo de uma forma cética e racional, ainda não me desceu os momentos de “possessão” da Rena.
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De um modo geral, foi um capítulo que me prendeu. Eu gostei!
Replay e retenção
Fiquei fisgada desde o começo. Tudo foi explicado de forma clara e sem todo aquele slice of life que só enrola.
Com certeza ler Watanagashi e Meakashi em conjunto valem muito a pena, é uma história e tanto!