Informações Técnicas
Desenvolvedor: Ape, HAL Laboratory
Distribuidora: Nintendo
Lançamento: 27/ago/1994
Outras plataformas: Nintendo Switch (através do serviço Nintendo Switch Online).
Earthbound é um rpg em turnos, que conta a história de Ness, um garoto que juntamente com outras 3 crianças viajam pelo mundo atrás de 8 melodias, para impedir que Giygas devaste o mundo com sua infinita maldade.
No Japão, o jogo é conhecido como Mother 2 (por ser uma sequência do Mother, lançado para Famicom).
Considerações finais – Analisando a obra como um todo
Gráficos e UI
Eu tenho sentimentos bem mistos quanto a arte de Earthbound. Não sei ao certo se a simplicidade se deu ao fato de ser um jogo feito para crianças e a equipe queria algo numa pegada mais cartunesca com cores chapadas ou se a arte é realmente simplista por falta de uma direção de arte mais engajada no projeto.
Alguns sprites chegam a ser feios, parecem que foram feitos sem capricho. :/
As animações são extremamente simples. Os personagens andando são simplesmente 2 sprites, sendo que um é espelho do outro. Na animação do ônibus, por exemplo, poderiam ter colocado um reflexo nas rodas, para que quando ele andasse, trouxesse a sensação de movimento.
Enfim, não curti. Isso não tira a qualidade do gameplay do jogo, mas poderia ter engrandecido a obra como um todo.
Em contra partida, achei bem interessante os backgrounds das batalhas. São sempre formas coloridas em movimento, um jeito simples para conseguir encaixar qualquer tipo de batalha para qualquer inimigo.
A composição dos inimigos e coadjuvantes são extremamente criativas! Os inimigos vão desde cogumelos com pernas, alienígenas, UFOs fofinhos, hippies e até mesmo zumbis. Cada bioma tem um grupo de inimigos bem condizentes com o local.
E devo reforçar que o Tenda (uma espécie de criatura que aparece em determinado ponto do jogo) parece sim uma rola verde com bracinhos!
Trilha Sonora e sons
Admito que desde o começo eu não curti muito as músicas. Achei elas estranhas, alguns trechos até mesmo bizarros e desconexos com o jogo. Mas bastou algumas horinhas jogando para me acostumar e ter uma percepção diferente.
E essa é a graça, toda a sonoplastia de Earthbound é muito única e marcante! Literalmente, coisa de outro mundo.
Quando menos esperava, já estava com várias músicas e efeitos sonoros grudados na cabeça.
É tudo muito criativo, um grande misto de carisma e suspense.
Aliás, a música Pokey Means Business! é muito boa, eu amei! Já quero tirar na guitarra hahaha
Jogabilidade
Não tem muito mistério, o jogo é bem linear. Inclusive, tem até uma casa onde você pode pagar para receber um dica para saber qual o seu próximo passo.
Só teve 2 momentos no qual eu fiquei presa… a batalha contra o Master Belch ([ads_blur_spoiler]porque eu havia me esquecido sobre o Jar of Fly Honey[/ads_blur_spoiler]) e a última parte da batalha com o Giygas. [ads_blur_spoiler]Nessa parte eu já estava usando a Paula para rezar (descobri acidentalmente que era para fazer isso, eu queria recuperar o HP da minha equipe hahaha), mas no que seria o último turno, pareceu uma mensagem dizendo que o Giygas tinha engolido suas preces. Nesse momento achei que não ia surtir mais efeito e fiquei só atacando. Turnos e turnos depois, resolvi ver num detonado o que fazer, pois senão eu ia morrer e não queria começar tudo de novo.[/ads_blur_spoiler]
Não achei a dificuldade alta, achei bem ok. Quando jogo rpgs de turno, eu tenho o hábito de passar horas e horas upando meus personagens. Praticamente todos os bosses foram derrotados de primeira, incluindo o Giygas. Terminei o jogo com o Ness no level 87.
A história é bem interessante, apesar de ser mais uma histórinha sobre salvar o mundo de forças do mal.
Não sei se foi impressão minha, mas alguns diálogos meio que soam como críticas. Por exemplo, o fato do pai do Ness só falar com ele por telefone, pois está sempre trabalhando.
Em determinado momento, você vai até uma cidade onde todos sofreram lavagem cerebral e fazem parte de um culto… e seus membros tem uma vestimenta muito similar a da Ku Klux Klan.
São vários pequenos detalhes, que ficam naquela linha tênue de sátira e crítica – pelo menos ao meu ver.
O jogo é recheado de diálogos nonsenses e cômicos. Inclusive, fiz até uma seleção das coisas mais engraçadas que os NPCs falaram.
O que mais me incomodou no jogo foi o gerenciamento de itens. Não há muito espaço para guardá-los e toda hora você vai precisar ficar remanejando. Recomendo jogar sem preocupar com isso, confie no level dos seus personagens e siga em frente.
Outro ponto negativo são os momentos de slow down, que são bem frequentes quando há muito personagens se movimentando pela tela.
Replay e retenção
Foi um jogo inesquecível para mim! Está na lista dos meus rpgs favoritos, sem sombra de dúvidas!
Comecei a jogar para ver se era tudo aquilo que falavam e é! Não dava nada pelo jogo, superou muito as minhas expectativas!
Eu sempre fico muito feliz quando isso acontece. Se você gosta de rpgs e nunca jogou Earthbound, não perca mais tempo e jogue AGORA!
Me mantive interessada e imersa o tempo inteiro, a cada nova cidade que visitava era uma onda de acontecimentos novos e um friozinho na barriga se o jogo seria capaz de continuar a me surpreender. Foi mais um daqueles jogos que parece que eu vivi tudo na minha pele. Eu amei! <3