Título: Blood: Uma História de Sangue
Título original: Blood: A Tale
Autor: J. M. DeMatteis
Artista: Kent Williams
Volumes: 1
Lançamento: 2018
Editora: Pipoca e Nanquim
Blood foi encontrado ainda bebê e criado até entrar em um monastério, em sua idade adulta.
Após decepcionar-se com sua doutrina, foge e segue sem rumo até que encontra um grupo de vampiros e acaba descobrindo ser um.
Uma história que foi retratada de forma muito poética – tanto na arte quanto na escrita – e que possui uma veia filosófica bem forte.
Considerações finais – Analisando a obra como um todo
Arte: 10/10.
Impossível não se deslumbrar ao olhar para cada página.
Um estilo que mescla formas realistas com a leveza e inconsistência da aquarela, dando a sensação que tudo dentro da história consegue transformar e mover-se como o vento, como se fosse algo não material.
Há momentos que as onomatopeias mesclam-se com as ilustrações, trazendo uma certa desarmonia na arte mas deixando as emoções da cena bem mais enfáticas.
A arte é muito expressiva e com certeza reforça muito bem o lado poético e filosófico da história.
Roteiro: 10/10.
O Roteiro ficou excelente!
Há muito simbolismo e metáforas. É inegável como o lado filosófico dessa história em quadrinhos é forte e como foi perfeitamente unida com a arte.
Há trechos que a história é narrada como se você estivesse lendo um livro, com apenas texto. Em outras partes, uma história em quadrinhos com qualquer outra, com desenhos e balões. No entanto, todos esses contrastes ficaram muito bem harmonizados, dando uma dinâmica bem única ao conto.
Eu não achei essa hq fácil de ser lida e entendida. Exigiu um pouco mais de paciência da minha parte, para absorver o que certos diálogos e imagens queriam mostrar. Em alguns momentos tudo parece confuso, parece que o andamento começa a não fazer sentido, dando brecha para o leitor interpretar como quiser.
História: 7/10.
A história nada mais conta que a trajetória de uma criança que cresceu sem saber que era um vampiro e que após essa descoberta, começou a perceber e conhecer faces de suas emoções e como funciona o ciclo da vida.
A história em si não tem absolutamente nada de mais, digo até que chega a ser meio clichê em alguns momentos.
Mas o modo como foi contada, a transformou por completo. Sendo bem honesta, não foi algo que me agradou pelo seu conteúdo mas pelo modo como foi trabalhada.