Desenvolvedor: Rapha Chiavegati
Distribuidora: Siamese Cat Studio
Lançamento: 09/Set/2019
Steam: https://store.steampowered.com/app/1116180/Amora_Crystal/
Tem conquistas? Sim.
Tem cartas? Não.
Jogo de plataforma, inspirado nos clássicos de 16 bits.
Entre na pele de Amora, a guardiã que protege a floresta e os animais usando o poder dos cristais.
No entanto, o vilão M deseja ter o poder desses cristais e sequestra Amorinho, o grande amor de Amora. Sua missão é resgatá-lo e impedir que M consiga o poder dos cristais.
Considerações finais – Analisando o jogo como um todo
Gráficos: 4/10.
Apesar da animações terem ficado boas, eu particularmente não gostei da arte do jogo.
O jogo mescla 2D com 3D (estética bem comum em jogos de PlayStation e Sega Saturn) e isso acaba trazendo um ar bem retrô ao jogo, porém as composições dos cenários possuem cores bem chapadas e formas simplistas demais, dando a impressão que foram desenhadas no Paint.
Achei o desenho das plataformas muito quadrados, eu acho que formas um pouco mais orgânicas e um leve rounded corners nos blocos poderiam ter deixado com uma aparência mais amigável.
UI e HUD: 8/10.
A UI e HUD são fáceis de entender e é possível trocar o idioma do jogo.
Ao finalizar uma fase, é exibido o total de moedas, diamantes, animais mortos e se o pombo foi liberto.
Nas fases, você pode pegar diamantes, mas eu não entendi se eles tem alguma utilidade (como poder te ajudar a ganhar uma vida ao completar a fase, por exemplo) ou se são apenas coletáveis.
Para a morte dos animais, foi utilizada a label “Assassinatos totais”, eu particularmente achei o termo pesado levando em consideração a estética e aura infantil do jogo, pois acaba colocando a protagonista na posição de uma homicida (e isso não combina com a personalidade que o jogo tenta passar). Entendo que por trás disso pode haver uma crítica para a questão de preservação de fauna (ou uma mensagem a favor do veganismo), mas achei o uso do termo incoerente e poderia ter sido utilizado de forma menos agressiva, levando em consideração toda a ambientação do jogo e a personalidade amigável da protagonista.
Trilha Sonora e sons: 10/10.
As músicas são super bonitinhas e carismáticas, dando um ar de infância ao jogo. Não são enjoativas e retratam bem toda a identidade visual do jogo. Na verdade, eu achei que todo o jogo tem uma aura de inocência.
Jogabilidade: 6/10.
Física bem calibrada (com exceção da fase da água, que ficou irritantemente devagar), level design bem feito e criativo, e fases que gradualmente vão ficando mais difíceis.
Achei bem ruim o comprimento das fases, são longas demais.
Mesmo havendo check points, a dificuldade do jogo vai aumentando muito e é extremamente frustrante depois de um game over ter que começar tudo desde o começo. Grande parte da dificuldade das fases está em calcular milimetricamente como pular de uma plataforma a outra.
Eu fiquei muito tempo presa nas fases da neve e da água e isso me fez sentir vontade de desistir de jogar até o final inúmeras vezes.
Acredito que fases mais curtas, porém mais numerosas, tornariam a experiência com a dificuldade menos frustrante.
Me deparei com alguns slowdowns em algumas partes, mas de longe o pior de todos foi na última fase, no qual ele era constante na fase toda – tornando a jogabilidade muito, mas muito ruim – o que me impossibilitou de terminá-la.
Outro problema que encontrei, foi a falta de precisão dos hitboxes em algumas correntes giratórias. Houve alguns trechos que mesmo estando exatamente na posição que a bola de espinhos não me tocasse, eu acabei morrendo.
O grande desafio do jogo (além de terminá-lo) é finalizar as fases sem matar nenhum animal, se você fizer isso, o final será diferente.
No começo eu até tentei completar as fases sem mortes, mas eu morri tantas vezes nas fases seguintes que ao invés de sentir compaixão, eu sentia ódio dos animais que ficavam atrapalhando e os matava sem dó. Eles não pensam duas vezes em te atacar, então liguei o modo merciless e segui em frente.
O jogo tem bastante coisa pra fazer, além de chegar no final, você tem um pombo para libertar e três moedas para coletar. Considerando esses outros desafios, a dificuldade aumenta muito mais.
O padrão dos chefes são bem fáceis de decorar, em comparação com as fases a dificuldade deles é baixa.
Durante todo o gameplay, só me recordo de apenas um bug ter acontecido comigo: na fase 10, se você pegar mais de um cristal do poder, ao morrer você não consegue mais ativá-lo (o botão para ativá-lo só vai ficar disponível lá perto do final da fase).
O jogo conta com 3 slots de saves, cada boss que você mata o jogo é salvo. Também possui suporte a joystick.
Além do modo história, há desafios que você pode concluir.
Fator replay: 5/10.
Se você gosta de jogos de plataforma, pode jogar sem medo que esse vai render várias horas de jogatina (ainda mais se você for aficionado em fechar tudo com 100%)!
Eu não consegui terminar o jogo, devido a queda de desempenho que ele apresentou na última fase.
Mas sendo totalmente honesta, não me senti motivada a jogar novamente para fazer o final sem mortes, nenhum motivo em especial além da falta de paciência, pois as fases são muito longas e o jogo é bem punitivo.